Resenha Critíca - Rua dos Horríveis – Vencendo a depressão


 Rua dos Horríveis – Vencendo a depressão 

WELINTO, Jhonatan. “Rua dos horríveis – vencendo a depressão”. In: século XXI: São Paulo: Editora Dialética, 2021, p. 01-191 Na obra intitulada “Rua dos Horríveis – Vencendo a depressão”, O escritor e publicitário aborda a depressão como um tipo de doença, e diz que existem diversos casos, aonde a pessoa desde criança mostra-se triste com o mundo e diferente, e por isso muitas vezes essas pessoas não são aceitas por não se socializarem como os demais. O autor inicia sua discussão apontando que um dos motivos pelo qual escolheu fazer tal abordagem é o fato de que os estudos, sobretudo no Brasil, mostram um grande índice de suicídios que é o último estágio da depressão. O ponto de estudo utilizado por Jhonatan, para o desencadeamento desta abordagem é a entrevista feita com as próprias pessoas que sofrem com tal doença, eles relataram seu dia a dia e seus pensamentos, maus pensamentos muitas vezes. Apontando erros e falhas os fazendo se sentirem culpados, inúteis e vulneráveis. Desta maneira, um dos relatos de um autor desconhecido, deixa claro como a mente humana trabalha contra nós mesmos muitas vezes, mísseis de destruição em grandes proporções. Relatório: Me sinto excluído do mundo e até mesmo excluído pela igreja... Se Deus estiver me ouvindo quero que saiba que eu aceito as Suas condições e obedeço às Suas ordens e mandamentos... Senhor Jesus, me dê forças para lutar a cada dia, pois como soldado, mais fraquejo que me levanto... Sou um jovem que tenta seguir Seu caminho. Desculpe pelas vezes que eu caí e não me levantei. Estou tentando seguir Seu caminho, ó Pai... Mesmo se for deixado aqui, serei fiel até o fim! Tornei-me o que sou... E serei isso até o fim! Quando eu cair, me levantarei por força de vontade de Te servirei e por lealdade... Deus pai de amor, que hoje me escolheu e me limpou de toda a malignidade que eu criei em mim por dar trela ao demônio... Não me rebaixarei ao mal, não mais... É hora de vencer! Aprendi que se não me revoltasse com o mundo talvez não estivesse escrevendo estes poemas maravilhosos ou expressando os meus sentimentos incríveis (WELINTO, 2021. p. 24). O livro contou com a participação de muitas pessoas, e todas elas ajudaram a construir algo maravilhoso, mostrando o quanto a sociedade sofre por falta de oportunidade e se deprime, agoniza e entra em profunda tristeza por isso. O emprego onde a mão não consegue, o estudante que não tem como conseguir engajar a sua carreira profissional porque lhe falta a oportunidade. O Brasil é um país carente de psicólogos e principalmente em hospitais públicos, se uma criança pudesse ter ajuda de um profissional, com certeza ele poderia vencer seus traumas e se torna um adulto equilibrado. (WELINTO, 2021. p. 79). A frase do livro que mais me chamou a atenção foi “O mal está mais dentro de homens do que ao redor deles.” A frase é a pura verdade, pois as pessoas procuram e acusam tudo que veem como mal aos seus olhos e não percebem suas próprias falhas, o que adianta a pessoa pregar sobre um Deus de amor, se eles mesmo não conseguem amar seu irmão. O que adianta estar com a bíblia debaixo do braço, orar por uma pessoa se quando você passa por um mendigo na rua, você atravessa para o outro lado para não passar perto dele, que amor é esse, que evangelho é esse que vocês tanto prega. (WELINTO, 2021. p. 47). Deus, sinto que eu irei morrer triste, ou talvez esteja sendo excluído deste mundo poluído. Às vezes acho que é meu papel aqui na terra: sofrer e sofrer até a morte. Eu cansei de esconder a minha dor, esconder minhas lágrimas, meu sofrimento (talvez eu seja um neutro por natureza). Às vezes me acho tão horrível! Cansei de tentar desejar a morte ou tentar me libertar de maneira egoísta, pois indo à igreja me sentindo forte para lidar com o inferno. Desejar a morte de um demônio é ser homicida e neste caso estaríamos sendo como eles. Às vezes penso que a morte se tornou um remédio, o único que nos faz esquecer de todos! A morte é uma mulher linda que aparece em um cenário incrível, estendendo a mão e te chamando para caminhar. Você estranha, pois nem a conhece, e sente até um pouco de medo, mas a beleza dela fala mais alto e você acaba indo ao encontro dela e nunca mais volta.

(WELINTO, 2021. p. 181). O autor também demonstra a dor que sente em sua alma, ao tentar falar de suas experiências durante a juventude, o quanto parecia que o mundo estava contra ele, o quanto as pessoas zombavam dele. O autor mostra o quanto dura foi a sua juventude e o quanto ele sofreu com a depressão, a baixa estima, a rejeição dos pais, o quanto ele foi infeliz no amor e quanto por um tempo ele não conseguiu amar ninguém.(WELINTO, 2021. p.58). Guarulhos, 26 de agosto de 2021


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